sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

PLANEJAMENTO DA AULA: CONSTRUINDO UM "FAZER PEDAGÓGICO" CONSCIENTE


                                                                                                 Por: Marcos Tuler

Alguém já disse que “Prever é a melhor garantia para bem governar o curso futuro dos acontecimentos”; “O plano de ação é o instrumento mais eficaz para o sucesso de um empreendimento.” “Prever é agir”. É o primeiro passo obrigatório de toda ação construtiva e inteligente. Pelo planejamento, o homem evita ser vencido pelas circunstâncias, e aprende a aproveitar as novas oportunidades. O planejamento é imprescindível em qualquer atividade humana, especialmente no que diz respeito à educação. Nesta área, ele se concretiza num programa de ação que constitui um roteiro seguro para conduzir progressivamente os alunos aos resultados desejados. A responsabilidade do mestre é imensa. Grande parte da eficácia de seu ensino depende da organicidade, coerência e flexibilidade de seu planejamento.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

PEDINDO À PESSOA CERTA

Ainda posso sentir o mesmo frio no estômago, que experimentei quando o Diretor chamou-me à sua sala. Quase não podia respirar: a ansiedade e o temor abraçavam-me buliçosamente. O que estaria acontecendo? Não era comum chamar-me daquele jeito, naquele tom. Tentei, num esforço desumano, lembrar-me de alguma coisa errada que, por ventura, tivesse feito nos últimos dias, ou nas últimas horas. Porém, nada me veio à lembrança. Que sensação desconfortável!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O QUE É DISCERNIMENTO ESPIRITUAL?



Por: Marcos Tuler

O culto de oração transcorria normalmente: os irmãos entoavam louvores, oravam, testemunhavam, e o Espírito Santo operava maravilhosamente através da manifestação genuína dos dons espirituais.
Tudo parecia natural como sempre, até que, de súbito, alguém

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Você prega, Deus realiza. Desça do púlpito vitorioso!



Por: Marcos Tuler

Dirigi-me à empresa na certeza de que teria mais uma produtiva e abençoada jornada de trabalho. Antes de chegar à minha sala, avistei um amigo, funcionário da gerência de jornalismo.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

CURSO DE FÉRIAS FAECAD - JANEIRO 2011




Não perca a oportunidade de aumentar seu cabedal de conhecimentos nas áreas bíblica, histórica, teológica e pedagógica.

26 cursos ministrados por doutores, mestres e especialistas da Instituição.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DO CURRÍCULO NA ESCOLA DOMINICAL




Por: Marcos Tuler

É imprescindível a implementação de um currículo de educação cristã na Escola Dominical. Não há como educar eficazmente sem um programa que oriente a seleção dos conteúdos, os exercícios de fixação da aprendizagem,

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Resiliência e Escola Dominical



Por: Marcos Tuler

Você sabe o que são alunos resilientes? Já descobriu algum em sua classe? Edward Kimball, honrado professor de Escola Dominical do século XIX,

terça-feira, 9 de novembro de 2010

III Seminário em Parauapebas/PA

Neste último final de semana (6 e 7/11) tive o privilégio de participar, como preletor, do III SEMINÁRIO DE EBD em Parauapebas/PA. Lá estiveram presentes cerca de 600

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A PALAVRA NÃO ESTÁ PRESA



Por: Marcos Tuler

Certo dia, ouvi o testemunho de um rapaz que durante dez anos, quase todos os domingos, cruzava o caminho de uma tradicional família cristã. Naquela época, ele não

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

JESUS, O MAIOR PEDAGOGO DE TODOS OS TEMPOS.



Por Pr. Marcos Tuler

Uma das principais características do método de ensino de Jesus é a sua flexibilidade. Ele sempre adaptava sua metodologia às situações específicas.

domingo, 17 de outubro de 2010

Conferência de Escola Dominical em Cururupu-MA

Tive o prazer de participar como preletor, entre os dias 11 e 12 de setembro deste ano, juntamente com o companheiro, pastor Esdras Bentho, de uma maravilhosa conferência de Escola Dominical.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Matéria Publicada na Revista Enfoque Gospel




Cristo usa conosco a persuasão do amor
Celso de Carvalho


Para Penha Mota, 43 anos, de Serras (ES), o domingo é sagrado.

7ª Conferência de Escola Dominical em Maringá/PR










Foi um sucesso a 7ª Conferência de Escola Dominical realizada na última semana, entre os dias 3 e 6 do corrente mês, na Assembleia de Deus em Maringá/PR. O evento ocorreu nas dependências da igreja-sede, liderada pelo pastor Robson Brito. Sob o tema geral "A Influência da Escola Dominical na Formação do Caráter, os conferencistas Pr. Robson Brito (pastor Presidente da igreja); Pr. Clementino (PR); Pr. Marcos Tuler (RJ) e Profª Telma Bueno (RJ)desenvolveram vários sub-temas na área de Escola Dominical e Educação Cristã. A despeito de ter sido um curso intensivo, com muitas aulas ministradas, o público se manteve fiel e interessado, participando com entusiasmo o tempo todo.

Parabenizo o pastor Robson Brito, seu ministério e igreja, pela feliz iniciativa da realização de evento tão rico no âmbito da educação cristã relevante.

Pr. Marcos Tuler
(Reitor da FAECAD)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A ORIENTAÇÃO DA APRENDIZAGEM





De que modo o professor orienta a aprendizagem? Uma das principais tarefas do mestre é disponibilizar meios, técnicas e procedimentos para incentivar seus alunos. O educador não possui o poder de motivar os alunos, mas pode despertar-lhes o interesse por sua matéria ou conteúdo de aula. Qualquer educando só aprende se estiver interessado. O professor precisa cativar a atenção dos educandos a despeito de não atingir seus objetivos educacionais. Caso contrário, será tempo perdido.
Se o professor souber apresentar bem sua matéria ou tema de estudo a ponto de levar o aluno à compreensão inicial do assunto, certamente obterá êxito em seu ensino. A compreensão é o primeiro passo para se aprender qualquer coisa.
É necessário ao mestre saber orientar as atividades discentes com segurança e apurada técnica. Todo professor precisa saber aplicar o conhecimento ensinado, visto que é isso que assegurará a autêntica aprendizagem dos alunos.
Outro ponto importante na orientação da aprendizagem é a integração dos conteúdos. O intuito desse procedimento é proporcionar aos alunos uma visão de conjunto, bem concatenada e ordenada de tudo que já foi aprendido.
Finalmente, o professor também tem como tarefa essencial promover a fixação dos conteúdos de aprendizagem, visando consolidá-los em definitivo e torná-los uma conquista permanente para o aluno.

Por: Prof. Marcos Tuler

quarta-feira, 28 de julho de 2010

sexta-feira, 16 de julho de 2010

CARACTERÍSTICAS DA APRENDIZAGEM COOPERATIVA




A aprendizagem cooperativa é interativa. Como membro de um grupo o aluno deve:

a) Compartilhar um objetivo comum;

O ideal é que os próprios alunos escolham ou participem da escolha do tema do trabalho a ser desenvolvido em sala de aula,

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Aprendizagem cooperativa




Às vezes, de onde menos se espera é que vêm as melhores idéias, pensamentos e soluções. Há alunos que são quietos, sossegados por natureza. Quase não se ouve a voz deles, quase não se percebe sua presença na sala de aula, mas... de repente... mostram-se inteligentes, geniais, especiais. Trata-se do tão falado insight. Aquela idéia maravilhosa, compreensão clara e repentina da natureza íntima de determinado assunto, que nos vem sem que sequer percebamos. Todas as idéias, insights e soluções, devem ser compartilhados, independente de quem os tenha.

Nem sempre estamos preparados para aceitar as opiniões e contribuições dos outros. Imaginamos que somente nós temos boas idéias, e pensamentos dignos da consideração do grupo. Isto é, o que o outro pensa ou sabe a respeito do tema que está sendo tratado, na nossa consideração, é insipiente, incompleto ou até mesmo irrelevante.
Este tipo de comportamento é prejudicial ao relacionamento do grupo e ao resultado final do trabalho, embora seja comum em nossas classes.

Tanto o professor quanto o aluno, jamais poderão desprezar ou desconsiderar a cooperação de qualquer pessoa que seja. Pois, todos possuem saberes, informações e experiências para compartilhar.

Por: Marcos Tuler

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O Aluno Aprende Quando Muda de Comportamento.




Em tempos passados, aprender significava apenas memorizar. A partir do século XVII, Comenius ampliou e atualizou este conceito. Para o “pai da didática moderna”, aprender implica, primeiramente, compreender; depois, memorizar e por fim aplicar o conhecimento recebido. Hoje, sabe-se que aprender é um processo lento, gradual e complexo. Não significa somente acumular dados na memória, mas adaptar-se satisfatoriamente às mais diversificadas situações da vida, evidenciando mudança de comportamento. Conforme lecionou Anísio Teixeira, ilustríssimo educador brasileiro, “fixar, compreender e exprimir verbalmente um conhecimento não é tê-lo aprendido. Aprender significa ganhar um modo de agir”.

Por: Prof. Marcos Tuler

terça-feira, 20 de abril de 2010

19ª CONFERÊNCIA DE ED - PALMAS/TO







Cerca de 720 professores compareceram a 19ª Conferência de Escola Dominical realizada entre os dias 15 e 18/04/2010 em Palmas/TO. Foi, sem dúvida alguma, um dos mais proveitosos eventos realizados pela CPAD no âmbito da educação cristã. Durante quatro dias professores, superintendentes, orientadores, coordenadores e supervisores de ED de várias partes do Brasil puderam atualizar seus conhecimentos na área da pedagogia cristã, através dos diversos seminários, plenárias e workshops oferecidos aos participantes. Lecionaram os seguintes mestres e especialistas em educação cristã: pastores Antonio Gilberto, Claudionor de Andrade, Elienai Cabral, Marcos Tuler, Eliezer Morais, César Moisés, e as professoras Helena Figueiredo, Joane Bentes e Telma Bueno. O evento ocorreu sob clima de muita espiritualidade e contentamento. Raramente se viu um auditório tão interessado e participativo.

Pr. Marcos Tuler

quinta-feira, 18 de março de 2010

FAECAD FORMA MAIS UMA TURMA DE BACHARÉIS EM TEOLOGIA




(Momento da outorga do grau)

A Faculdade Evangélica de Ciência e Tecnologia da CGADB tem como missão a atividade educacional formativa, compromissada com a preparação de cidadãos críticos, empreendedores, criativos e reflexivos; tecnicamente competentes na sua área de atuação. Capazes de contribuir para o desenvolvimento sustentável, levando o ensino, a ciência, a tecnologia, a proporcionar o gozo pleno das conquistas da pós-modernidade e da dignidade da pessoa humana.

A FAECAD tem como objetivos gerais:

Formar em nível de graduação e pós-graduação (lato e estrito senso) presenciais ou a distância, profissionais e especialistas de nível superior, compromissados com os valores éticos e cristãos, tendo em vista a realidade regional, nacional e internacional.
Realizar pesquisas científicas e estimular às atividades criativas.
Promover a educação integral sob os princípios da liberdade, da fraternidade e da solidariedade humana, difundindo os princípios universais dos direitos humanos por meio de ações educativas para a conscientização da comunidade.

O curso de Bacharel em Teologia da FAECAD tem como pressuposto básico uma sólida formação nos conteúdos fundamentais da teologia, que capacite os acadêmicos para a compreensão dos grandes temas e problemas teológicos da atualidade, bem como para análise e reflexão crítica da realidade social local, regional e nacional.

As atividades acadêmicas promovidas no Curso de Teologia da FAECAD têm como eixo central o aluno, cujas habilidades e competências serão permanentemente desenvolvidas, com base no processo de ensino-aprendizagem. Assim, o curso de Teologia da FAECAD tem objetivo de formar profissionais de nível superior para o desempenho de funções sociais e religiosas.

Com o domínio das diversas competências desenvolvidas no Curso, o Bacharel em Teologia formado pela FAECAD está apto a atuar como:

Conselheiro, orientador e assistente religioso;
Pesquisador, dedicando-se à investigação de temas teológicos;
Ministro pastoral, a critério de sua igreja;
Assessor e consultor no campo da Teologia; e,
Docente de ensino religioso.

Caros formandos, para que a vocação ministerial de vocês seja cumprida, é necessário que tenham compromisso com a Verdade, percepção espiritual da obra de Deus, e sejam obreiros e obreiras de visão neste cenário de mutações constantes, sob pena de terem um ministério evasivo.
Não tenho dúvida de que cada um de vocês recebeu uma chamada específica de Deus. Um ministério especial. Não importa o que realizarão ou onde atuarão desde que se mantenham firmes nos princípios de fidelidade a Deus e em sua vocação ministerial.

Como novos teólogos, devem obedecer ao chamado divino com entusiasmo, fé e amor à obra. Devem aplicar-se diligentemente para que a salvação e a Justiça de Deus se estabeleçam tanto nos palácios dos mais abastados quanto nas choupanas dos desafortunados.

É por essa e outras razões, que nesta noite solene tenho o prazer de apresentar à sociedade e à comunidade evangélica aqui representada, mais uma turma de bacharéis em Teologia. Turma pastor Germano Soares Silva.

Discurso do Reitor da FAECAD, pastor Marcos Tuler, em 06/03/2010.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

DEUS NÃO FALA EM "OFF".



Certo dia, entusiasmado com minhas observações sobre “saber ouvir”, decidi fazer uma experiência com meus alunos do curso teológico. No transcurso de uma interessante aula, interrompi abruptamente minha preleção e disse: “Por hoje, é o bastante!” Imediatamente depois, fiz duas perguntas: – No que é que vocês estavam pensando quando interrompi a aula? – O que é que eu estava falando? Não sendo possível detalhar o resultado da minha decepcionante pesquisa, contento-me em apenas informar aos leitores minha infeliz pasmaceira: apenas 28% dos meus alunos, de fato, me ouviam. Os outros, como diriam meus filhos: “estavam em off”; completamente desligados.
Um dos maiores problemas de comunicação, tanto a de massa como a interpessoal, é o de como o receptor, ouve o que o emissor fala. Raríssimas são as pessoas que procuram ouvir exatamente o que a outra está dizendo.
Ouvir depende de concentração. Ouvir é perceber através do sentido da audição. Escutar significa dirigir a atenção para ouvir.
Enquanto uma pessoa normal fala, em média 120 a 150 palavras por minuto, nosso pensamento funciona três ou quatro vezes mais depressa. Conseqüentemente surge um mal hábito na audição: muitas pessoas estão de tal forma ansiosas em provar sua rapidez de apreensão, que antecipam os pensamentos, antes de ouvi-los dos lábios do interlocutor. Isso ocorre quando ouvimos a famigerada exclamação: – já sei o que você vai dizer!
Ouvir, portanto, é muito raro. É necessário limpar a mente de todos os ruídos e interferências do próprio pensamento durante a fala alheia. Ouvir implica uma entrega ao outro. Daí a dificuldade de as pessoas inteligentes efetivamente ouvirem. A sua inteligência em funcionamento, o seu hábito de pensar, avaliar, julgar e analisar tudo interferem como um ruído na plena recepção daquilo que o outro está falando.
Às vezes imaginamos ter tanta coisa “interessante” para dizer, nossas idéias são tão originais e atrativas, que é um castigo ouvir. Queremos falar. Falando aparecemos. Ouvindo nos omitimos. Só ouvir, acreditamos, dá aos outros uma impressão desfavorável da nossa inteligência, por isso falamos, mesmo não tendo nada para dizer. Porém não é esse o conselho bíblico. É melhor ouvir que falar. “...mas todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar...” Tg 1.19.
É através dos sentidos físicos que a alma humana comunica-se com o mundo exterior. No ato de ouvir percebemos e identificamos os sons pelo sentido da audição. Ouvindo atentamente interpretamos e assimilamos o sentido do que percebemos.
Não é de hoje a dificuldade que as pessoas têm de ouvir atentamente o que os outros falam. O próprio Senhor Jesus discorreu sobre o tema quando explicava a seus discípulos a razão de falar-lhes por parábolas. Naquela ocasião o Mestre usou a seguinte expressão: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça...” Mt 13.9. Segundo Champlim essa expressão, inclusive usada por Jesus outras vezes, – sob diferentes circunstâncias (Mt 11.15; Mc 4.9,23; Ap 2.7,11,17,29; e 3.6,13,22), era um ditado comum entre os judeus, empregado especialmente pelos rabinos.
“O adágio era usado para chamar a atenção para a importância do ensino apresentado, o sentido oculto do ensino e a total compreensão do que fica subentendido no ensino. Jesus queria dizer que os seus ensinos deveriam ser ouvidos com atenção e diligência, e que por ausência disso, muitos não poderiam compreendê-lo”.
Naturalmente que os ouvidos foram feitos para ouvir. Jesus usou o pleonasmo para realçar seus verdadeiros propósitos. Não era suficiente apenas ouvir no sentido de identificar os sons das palavras, era necessário interpretar o sentido delas para pratica-las. Significa: ter ouvidos com capacidade para ouvir e entender os mistérios de Deus. Jesus estava dizendo que, falando por parábolas nem todos teriam capacidade de ouvir e compreender o pleno sentido de suas palavras. “Ouvindo, não ouvem, nem compreendem” (Mt 13.13). Ouviram com os seus ouvidos os seus ensinamentos, mas permaneceram surdos para as suas implicações. Isto porque a eficiência do aprendizado através da audição depende da predisposição da pessoa, ou seja, a atitude mental de quem ouve é imprescindível.
Deus outorgou ao homem meios para conhecer a personalidade divina, mas o uso desses meios não é obrigatório. Os indivíduos, por sua própria vontade, podem “fechar” seus ouvidos.
Infelizmente em nossas igrejas muitos ouvem a pregação da Palavra de Deus apenas para cumprir um protocolo eclesiástico. Conforme o dito popular, as palavras “entram por um ouvido e saem por outro” sem sequer serem compreendidas racionalmente. Que dirá refletidas e interiorizadas pela alma e espírito.
Caro leitor. Saiba de uma coisa: Deus quer faze-lo conhecedor de seus inimagináveis segredos. Disponibilize os ouvidos à voz de teu sublimado Senhor. Não basta falar com Deus, é necessário ouvi-lo.

O sentido da parábola do semeador
Ao ouvirem a parábola do semeador contada pelo Mestre, os discípulos não hesitaram em questioná-lo. Queriam entender o porquê Jesus ensinava ao povo por parábolas. Recordando a profecia de Isaías concernente ao endurecimento do coração do povo: exteriorizado na verdade pela “proposital incapacidade” de aplicar plenamente os sentidos aos desígnios de Deus.
Jesus deixou claro que não se trata de omitir ou obscurecer a mensagem simplesmente para dificultar a compreensão, e sim, promover interesse genuíno, estimulando a plena concentração do ser total no conhecimento do Reino de Deus.
Analisemos agora o sentido da parábola do semeador pelo prisma da percepção auditiva:
A semente ao pé do caminho representa aquele que ouve a Palavra de Deus mas não entende. Não entende porque está indiferente à mensagem. Trata-se do ouvinte desinteressado. A indiferença é incompatível com qualquer forma de aprendizado; é incompatível com a audição. Ouvir é um ato voluntário e consciente. Você ouve porque quer ouvir, e não ouve porque não quer ouvir. Desse modo podemos dizer: o pior surdo é o que não quer ouvir. Se alguém decidir não ouvir, quem irá persuadi-lo do contrário?
A semente que foi semeada entre os pedregais representa aquele que ouve, compreende, recebe com alegria, mas não permanece em Deus porque ouve com impaciência. É preciso gastar tempo para ouvir. Às vezes a pessoa ouve a Palavra com impaciência: por estar pensando num outro compromisso, por não estar de acordo com quem está falando, ou simplesmente por estar cansada e desejar estar em outro lugar. Inicialmente a impressão é que ela compreendeu tudo; ouviu atentamente a mensagem, porém, mais tarde verifica-se que a semente que germinou não estava aprofundada na terra. Estando na superfície, o sol queima o fruto da empolgação e do emocionalismo.
A semente semeada entre espinhos representa aquele que ouve a Palavra mas os cuidados deste mundo e a sedução das riquezas o sufoca e fica infrutífero. O cuidado deste mundo e a sedução das riquezas pode aqui referir-se conotativamente ao materialismo, ao antropocentrismo, à racionalização de tudo, ou seja: ouvir com atitude egoísta, como dono do mundo, da situação e do conhecimento. Não conseguimos ouvir o discurso dos outros porque não somos nós os oradores. Interessados em nós mesmos, achamos os outros insignificantes, consequentemente sem mensagem.
Quando conseguimos deixar de lado o egoísmo com o objetivo de ouvir, descobrimos que as pessoas na realidade são brilhantes, criativas, ideativas ou no mínimo têm “algo para nos acrescentar” ou compartilhar. Por último, quando a semente cai em boa terra, ou seja, num coração e ouvido receptivo à compreensão da palavra, insurge uma colossal árvore, frondosa e frutífera.
Como já percebemos, a importância do saber ouvir não está limitada ao contexto das relações humanas, ou mesmo na compreensão dos mistérios do Eterno. O Senhor precisa falar-nos “face a face”; deseja comunicar-se conosco em linha direta, sem reservas ou restrições protocolares. Ele fala em nosso íntimo, imprimindo-nos sua palavra de modo tão maravilhoso que, se inclinarmos legitimamente nossos ouvidos, ouviremos não somente a sua voz, mas, as batidas do seu coração junto ao nosso. Você está sensível à voz do Senhor? Está conectado à Fonte geradora da graça?
Em 1 Samuel 3 1-10 lemos um episódio emocionante que nos mostra quão relevante é inclinar os ouvidos à voz do Todo-Poderoso. Deus chamou a Samuel por três vezes, porém, o jovem se reportara a Eli imaginando ter sido chamado pelo senil sacerdote.
O texto diz que “Samuel ainda não conhecia ao Senhor”, ou seja, não estava acostumado a ouvir a sua voz. Eli ao perceber que Deus queria manifestar-se particularmente ao moço, instruiu-lhe quanto a resposta ao chamamento divino. O futuro consolidador da nação hebraica deveria evidenciar plena disponibilidade e reverência à fala do Deus de Israel: “...Fala Senhor porque o teu servo ouve”. Será que ele não tinha ouvido o Senhor chamar-lhe nas outras vezes? Claro que sim! Porém, era imperioso não apenas ouvir, mas reconhecer a voz do Senhor, ou seja: ouvir tão acuradamente ao ponto de perceber que aquela voz não assemelhava-se a nenhuma fonação humana. Deus sempre está pronto para falar conosco, mas nós, nem sempre estamos em condições de ouvi-lo ou nos aplicarmos a ouvir a sua voz.
Quando em oração adorares a Deus, silencia tua alma para ouvires seus conselhos, consolo e repreensões. Não te preocupes com o tempo. Não te apresses em sair de Sua presença. Contempla-o na beleza de Sua majestade, e permite que a voz do Altíssimo permeie e ecoe em teu ser.


Pr. Marcos Tuler

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

OS PERIGOS DA ADULTIZAÇÃO INFANTIL




Por: Marcos Tuler

“Tudo o que será aprendido deve ser disposto segundo a idade, para que nunca se ensine nada que não possa ser compreendido”. (Comenius – Didática Magna)