quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Uma chamada especial

Dia desses, mexendo nos meus alfarrábios, deparei-me com uma cópia do juramento da minha formatura no curso de Pedagogia. Ela estava meio amarelada, pois, há tempos, jazia entre as páginas de um velho livro de didática. Naquele momento, muitas lembranças vieram-me à mente. Treze anos se passaram e o teor daquela mensagem jamais saiu da minha memória: “Solenemente prometo, no desempenho de minhas funções de Educador, transmitir com lealdade, integridade e honestidade os ensinamentos humanos e científicos que façam dos jovens a mim confiados profissionais e cidadãos conscientes, responsáveis e inteligentes; se criar homens eu conseguir, sentir-me-ei realizado."

Que dia memorável foi aquele! Recordo-me perfeitamente de como estufava o peito e bradava aquelas palavras diante da emocionada platéia que nos assistia. Mesmo sabendo que a realidade nem sempre combina com seus ideais, o educador nunca deixa de acreditar na concretização de seus sonhos.

Não devo negar que este meu “achado” fez-me relembrar os ideais concernentes à educação profissional, secular. Enchi-me plenamente de entusiasmo ao revisitar meu compromisso com a formação de cidadãos conscientes e responsáveis. Todavia, o que realmente me impressionou foi o sentimento que tive acerca de minhas responsabilidades como educador cristão.

Desde de que recebi a chamada para o ministério do ensino, assumi um compromisso com Deus muito mais sério que aquele evocado na formatura. Disse ao Todo-Poderoso que estaria disposto a cuidar de almas. Preciosas almas! Cidadãos dos céus! Afirmei também que sentir-me-ia realizado ao educar jovens, adolescentes e crianças conduzindo-os para a vida eterna.

Mas, como fazer isso? Com quais métodos? Quais recursos? Perguntava a mim mesmo, constantemente. A resposta não pode ser outra: fazendo com que meus alunos compreendam, assimilem e pratiquem a Palavra de Deus através de todos os procedimentos e meios possíveis. Investindo todos os esforços para que aprendam, obedeçam e se tornem cada dia mais parecidos com o Mestre dos mestres.

Prof. Marcos Tuler

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Entrevista com o pastor Marcos Tuler


Entrevista com o pastor Marcos Tuler, cedida ao "Informativo do Colportor", CPAD, para as comemorações do "Dia do Professor" em 15 de outubro. Professor Tuler fala sobre educação, metodologia e relacionamento professor-aluno no âmbito da Escola Dominical.

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terça-feira, 21 de agosto de 2007

1ª Conferência de ED em Tomé Açu, extremo norte do Pará


Educação: um ministério apaixonante


Há diferença entre professores e educadores no que se refere à práxis do ensino? Como podemos distingui-los, identificá-los? É suficiente dominar métodos, procedimentos e técnicas didáticas? Óbvio que não! Educação é muito mais que isso. Envolve sentimento, amor e paixão.
Este tema, romanticamente discutido e refletido no âmbito da educação secular, assume maior importância e dimensão no da educação cristã. Nenhum educador cristão deve fracassar diante da tentação de apenas manter seus alunos informados a respeito da Bíblia e da vontade de Deus. Antes deve torná-los, através da influência do próprio exemplo, praticantes da Palavra e perseguidores da vontade divina.
Educação não é profissão. É vocação! E toda vocação nasce de um grande amor, de uma grande esperança. Nesse sentido, o educador é um eterno apaixonado. Não deve ser considerado um simples professor, na acepção daquele que apenas ensina uma ciência, técnica ou disciplina. Educadores e professores possuem função e natureza distintas. Eles não são forjados no mesmo forno. E se de fato não são de mesma natureza, de onde vem o educador? Qual a sua procedência? Tem ele o direito de existir? Como pode ser constituído? Não se trata de formar o educador, como se ele não existisse. Como se houvesse escolas capazes de gerá-lo ou programas que pudessem trazê-lo à luz. Eucaliptos não se transformarão em jequitibás, a menos que em cada eucalipto haja um jequitibá adormecido: os eucaliptos são árvores majestosas, bonitas, porém absolutamente idênticas umas às outras, que podem ser substituídas com rapidez sem problemas. Ficam todas enfileiradas em permanente posição de sentido, preparadas para o corte e o lucro.
Os eucaliptos são símbolos dos professores, que vivem no mundo da organização, das instituições e das finanças. Os eucaliptos crescem depressa para substituírem as velhas árvores seculares que ninguém viu nascer e nem plantou. Aquelas árvores misteriosas que produzem sombras não penetradas, desconhecidas, onde reside o silêncio nos lugares não visitados. Tais árvores possuem até personalidade como dizem os antigos. Os educadores são como árvores velhas, como jequitibás, possuem um nome, uma face, uma história. Educador não pode ser confundido com professor. Da mesma forma que jequitibás e eucaliptos não são as mesmas árvores, não fornecem a mesma madeira. O educador não lida apenas com números, fórmulas, palavras, mas com gente, almas, emoções, amor e paixão.

Marcos Tuler