quinta-feira, 25 de novembro de 2010
A IMPORTÂNCIA DO CURRÍCULO NA ESCOLA DOMINICAL
Por: Marcos Tuler
É imprescindível a implementação de um currículo de educação cristã na Escola Dominical. Não há como educar eficazmente sem um programa que oriente a seleção dos conteúdos, os exercícios de fixação da aprendizagem,
e as atividades escolares. Diga-se de passagem, todas as práticas e vivências educativas são organizadas a partir de um currículo previamente estabelecido. Sem ele tendemos à perda de propósito, tempo e eficácia; ficamos à mercê das entediantes rotina e improvisação.
O que é um currículo?
Currículo é a soma dos resultados da aprendizagem planejada e alcançada por uma instituição de ensino. É um modo de organizar as práticas educativas. Pode-se também dizer que o currículo é a síntese dos conhecimentos e valores que caracterizam um processo social expresso pelo trabalho pedagógico desenvolvido no ambiente escolar.
Na prática, o currículo é um grupo de assuntos que constitui um curso de estudos, planejado e adaptado às idades e necessidades dos alunos. Enfim, é um meio educacional para atingir os objetivos de ensino.
O que é um currículo de Escola Dominical?
Em termos simples, podemos dizer que o currículo de Escola Dominical é formado por um conjunto de dados, relativos à aprendizagem bíblico-teológica, organizado para orientar as atividades da ED, as formas de executá-las e suas finalidades. A concepção de currículo neste particular inclui desde os aspectos básicos que envolvem os fundamentos doutrinários e teológicos da educação cristã até os marcos teóricos e referenciais técnicos que a concretizam na sala de aula.
Vejamos quais são as principais características de um currículo de Escola Dominical:
Principais características de um currículo de Escola Dominical.
Filosofia própria.
Ninguém ensina em ambiente neutro. Por isso, todo currículo tem uma filosofia; uma ideologia. Há sempre uma abordagem específica para o ensino, que reflete um conjunto de suposições e pressuposições sobre a natureza e o propósito da educação.
A educação cristã, por exemplo, firma-se em uma concepção bíblica da realidade, da verdade, e da moralidade, como base para seu conteúdo curricular e prática educativa.
Abrangência.
Reúne diversas matérias, atividades, vivências, recursos, formas de avaliação etc. Uma única matéria não pode ser chamada de currículo. Um determinado livro-texto ou revista de Escola Dominical não constituem um currículo. Há um sentido de progressividade e completude em relação às faixas etárias.
Harmonia e unidade.
As matérias reunidas deverão ser ideologicamente orientadas. Todo currículo deve ter o sentido interdisciplinar. As matérias devem estar interligadas. Deverão visar à formação integral do aluno.
Encadeamento lógico.
Há uma seqüência lógica, ou seja, os temas são encadeados, e não entrecortados.
Flexibilidade.
Há a possibilidade de o professor reescrever o conteúdo curricular, adaptando-o à realidade, necessidades e expectativas de seu público-alvo.
Nenhum currículo é perfeito. Mas isso não significa que seja preciso mudar os fundamentos filosóficos e pedagógicos do currículo, ou mesmo substituí-lo. O professor poderá readaptá-lo e torná-lo plenamente aplicável à sua classe.
Como funciona o currículo CPAD de Escola Dominical.
Para cada fase de estudos há uma quantidade de informação (conteúdo didático) adequada à capacidade de assimilação e aproveitamento por parte do aluno. O conteúdo é dosado criteriosamente, de modo que ao atingir a idade adulta, o aluno conclua o curso bíblico elementar. O sistema funciona como numa escola secular. A partir dos primeiros meses de vida (berçário), a criança passa por todas as fases do programa, sem repetir nenhuma lição, desde que sua transferência para a classe da faixa etária seguinte seja feita corretamente, até chegar à faixa etária de jovens e adultos.
Por exemplo: Após passar pela classe do Berçário e concluir o currículo de Maternal (3 e 4 anos), com oito revistas, o aluno recebe um certificado de conclusão, sendo transferido para a faixa etária seguinte, Jardim de Infância (4 e 5 anos), com 8 revistas. Daí em diante repete-se o processo, passando de uma faixa para a outra , até chegar a classe de jovens e adultos.
Quanto à duração do currículo.
Depende de seu planejamento. Um currículo bem elaborado requer o cumprimento de vários objetivos educacionais e, em relação a currículos de um curso bíblico, como é o caso do da Escola Dominical, deverá abranger várias áreas do conhecimento bíblico-teológico, sempre levando em conta a capacidade de assimilação do conteúdo de acordo com a idade dos alunos.
O currículo pode retornar para mais um ciclo de estudos de 2 ou 3 anos (2 anos para Berçário, Maternal, Jardim, Primários, Juniores, Pré-adolescentes e Adolescentes, e 3 para Juvenis). Isto acontece com currículos de todas as faixas etárias de qualquer editora que publique currículos de Escola Dominical. Quando um currículo retorna, não significa que está sendo simplesmente repetido, e sim que seu ciclo de estudos foi concluído.
Como acontece nas escolas seculares, é o aluno que passa pelo currículo. Ou seja, Em qualquer trimestre que ingresse na Escola Dominical, o aluno estudará a revista que está em curso na seqüência do currículo de sua faixa etária. Ao completar idade para ingressar na classe da faixa etária seguinte, ele recebe o Certificado de Conclusão do Curso Bíblico correspondente à faixa etária que acabou de sair.
Assim, o aluno passa por todas as revistas apropriadas para cada faixa etária, à medida que for alcançando a idade correspondente. Se os alunos forem transferidos na ocasião correta, nenhum deles, jamais, repetirá uma só lição.
Quanto à utilização da revista pelo professor.
Quando o professor terminar de usar, por exemplo, a revista n.º 8 de Adolescentes (13 e 14 anos), voltará a usar a revista n.º 1, reiniciando o ciclo do curso bíblico. Esta forma de uso das revistas exige que o professor especialize-se em determinada faixa etária, para que, desta forma, tenha maior oportunidade de colecionar bom material específico e também se torne um especialista da faixa em que leciona na Escola Dominical.
Quanto à transferência de alunos.
Pode haver ingresso de novos alunos na classe em qualquer tempo do ano, independente da seqüência numérica da revista que estiver sendo usada.
A transferência de classe deverá ser feita no trimestre seguinte ao que o aluno fez aniversário. Por exemplo, se um aluno da classe dos adolescentes (13 e 14 anos) completou a idade para ingressar na classe dos juvenis (15 a 17 anos) em um dos três meses do primeiro trimestre do ano (janeiro, fevereiro e março), só deve ingressar na classe seguinte (juvenis) em abril, primeiro mês do segundo trimestre.
O belo material ora disponibilizado pela CPAD, é fruto de um trabalho de remodelação e aperfeiçoamento do currículo editado em 1994 e reeditado em 2000. Com o novo currículo, a CPAD, mais uma vez, privilegia os alunos da melhor e maior escola do mundo, fornecendo-lhes material didático-pedagógico de altíssima qualidade. Investir em educação cristã é prioridade para os dias atuais, pois ela é uma poderosa ferramenta para a igreja de Cristo crescer espiritualmente e cumprir sua missão educadora no mundo.
Marcos Tuler é ministro do Evangelho, pedagogo, escritor, conferencista e Diretor Executivo da FAECAD
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2 comentários:
Amado Pr. Tuler, sou coordenador na minha igreja. Muito bom o seu comentário no que diz respeito a questão de se dar sequência quanto a idade do aluno, mas quanto às igrejas do interior, comunidades ribeirinhas onde os recursos são escassos quanto a material didático (muitas vezes a própria revista) e humano, temos que, muitas vezes, unir as crianças numa só classe, até mesmo adolescentes com jovens. Como proceder? responda-me por favor.
A paz do Senhor, Irmão Marcos Silva !
estou entrando agora nesta página e chamou minha atenção por sua pergunta desde 2011 sem resposta. Não sei se a situação do irmão hoje é melhor ou pior desde que escreveu nestes 7 anos.Porém, essa realidade também alcança outras regiões brasileiras.
Sugiro ao irmão, além de orar pedindo ajudadores, que procure diversificar as atividades, mesmo com os alunos juntos.Busque em Deus estratégias, criatividade e inicie um trabalho de caçador de talentos.Pode ser um adolescente participativo que já esteja despontando como um futuro líder. Não despreze ninguém.Treine-os e vá delegando aos poucos as responsabilidades de acordo com o dom e a maturidade.
Afinal, a escola Bíblica precisa: ensinar, evangelizar e formar líderes.
Que Deus abençoe
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