Dia desses, mexendo nos meus alfarrábios, deparei-me com uma cópia do juramento da minha formatura no curso de Pedagogia. Ela estava meio amarelada, pois, há tempos, jazia entre as páginas de um velho livro de didática. Naquele momento, muitas lembranças vieram-me à mente. Treze anos se passaram e o teor daquela mensagem jamais saiu da minha memória: “Solenemente prometo, no desempenho de minhas funções de Educador, transmitir com lealdade, integridade e honestidade os ensinamentos humanos e científicos que façam dos jovens a mim confiados profissionais e cidadãos conscientes, responsáveis e inteligentes; se criar homens eu conseguir, sentir-me-ei realizado."
Que dia memorável foi aquele! Recordo-me perfeitamente de como estufava o peito e bradava aquelas palavras diante da emocionada platéia que nos assistia. Mesmo sabendo que a realidade nem sempre combina com seus ideais, o educador nunca deixa de acreditar na concretização de seus sonhos.
Não devo negar que este meu “achado” fez-me relembrar os ideais concernentes à educação profissional, secular. Enchi-me plenamente de entusiasmo ao revisitar meu compromisso com a formação de cidadãos conscientes e responsáveis. Todavia, o que realmente me impressionou foi o sentimento que tive acerca de minhas responsabilidades como educador cristão.
Desde de que recebi a chamada para o ministério do ensino, assumi um compromisso com Deus muito mais sério que aquele evocado na formatura. Disse ao Todo-Poderoso que estaria disposto a cuidar de almas. Preciosas almas! Cidadãos dos céus! Afirmei também que sentir-me-ia realizado ao educar jovens, adolescentes e crianças conduzindo-os para a vida eterna.
Mas, como fazer isso? Com quais métodos? Quais recursos? Perguntava a mim mesmo, constantemente. A resposta não pode ser outra: fazendo com que meus alunos compreendam, assimilem e pratiquem a Palavra de Deus através de todos os procedimentos e meios possíveis. Investindo todos os esforços para que aprendam, obedeçam e se tornem cada dia mais parecidos com o Mestre dos mestres.
Prof. Marcos Tuler